04 fevereiro, 2010

Matriz do 1º teste do 2º Período - 11º Ano


Escola Secundária José Cardoso Pires 
Rua Vergílio Ferreira, Torres da Bela Vista 
2660-350 SANTO ANTÓNIO DOS CAVALEIROS 

Ano Lectivo 2009/2010 - 11ºAno 
Matriz do 1ºteste de Filosofia do 2º Período 
Unidade II - O Conhecimento e a Racionalidade Científico - Tecnológica
Capítulo 1 - O que é o Conhecimento
Capítulo 2 – Teorias explicativas do conhecimento

Objectivos
Cap.1
1.    Identificar diversos tipos de conhecimento.
2.    Compreender quais são as condições necessárias para que haja conhecimento.
Cap. 2
1.    Distinguir o empirismo de racionalismo.
2.    Compreender porque razão Hume é empirista
3.    Explicar em que consiste a análise que Hume  faz do conceito de causa.
4.    Comprender que essa análise conduz ao cepticismo quanto à objectividade desse conceito, mas que esse cepticismo é mitigado.

Conteúdos
Cap 1.
1.    Tipos de Conhecimento
2.    O conhecimento proposicional
2.1  Que condições são necessárias para haver conhecimento?
2.2  Formas de justificação do conhecimento
Cap.2
1.    O empirismo de David Hume
1.1  Impressões e ideias são o conteúdo do conhecimento.
1.2  Tipos de conhecimento: relações de ideias e questões de facto
1.3  Os conhecimentos de facto e a relação de causalidade.
1.3.1     O problema da existência do mundo exterior.



Estrutura e Cotações
8 questões de escolha múltipla  (10X8=80 pontos)
4 questões de desenvolvimento (30X4=120 pontos)

Critérios
Estrutura e correcção da linguagem. 
Adequação da resposta à questão. Domínio e estruturação dos conteúdos. 

                                                                 Paulo Medeiros
                                                                        25/01/2010

25 janeiro, 2010

Aulas nº 63/64 - 20.01.2010

Sumário:
  • Os conhecimentos de factos e a relação de causalidade.
  • Actividade de consolidação
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David Hume estabelece:
  • Relações de ideias - à priori (inato)    A=B, B=C então C=A -----> necessário
e
  • Conhecimento de facto - à posteriori (adquirido) -----> contingente

Filosófos idealistas desvalorizam a sensabilidade e valorizam a razão.

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Decartes ---> "Temos ideias na nossa mente que podem ou não ser categoriais"


"Todo o conhecimento parte de regularidades"  ---> David Hume

David Hume diz: "A causa-efeito não depende da experiência, mas estabelece a relação entre ideias na nossa mente"




Actividade de consolidação: pág. 193 manual


1. O que significa a ideia de causalidade, isto é, o que quer dizer a expressão "conexão necessária entre dois fenómenos"? 


R: A ideia de causalidade é uma projecção psicológica, uma crença subjectiva sem base racional ou empírica. É a ideia de que há uma conexão necessária entre dois ou mais acontecimentos. Não há nenhuma impressão sensível da qual derive a ideia de causa.


2. Assinale a passagem do texto 3 que mostra que não há experiência da relação causal entendida como conexão necessária.


R: “… como não temos ideia alguma que não derive de uma impressão, se afirmamos ter a ideia de ligação necessária (ou casual), deveremos encontrar alguma impressão que esteja na origem desta ideia.”
David Hume


3. Segundo Hume, não podemos comprovar empiricamente a ideia de uma conexão necessária ou causal entre dois fenómenos? Porquê?


R: Não podemos comprovar empiricamente a ideia de uma conexão necessária ou causal entre dois fenómenos, pois isto trata-se apenas de uma crença subjectiva, não da maneira com o mundo realmente funciona. Ou seja, não dá para comprovar essa ideia de conexão pois resulta de um hábito, que não é infalivel, ou seja, estamos habituados a pensar que como não há efeito sem causa, mal acontece A, tem que acontecer B como consequência.


4. Aquilo que a experiência nos permite observar é que dois fenómenos aparecem conjuntamente, um a seguir ao outro, repetidas vezes. Como é que inferimos - já que não a constatamos - uma relação necessária ou causal entre esses dois fenómenos? Será um conhecimento?


R:  Não se pode considerar conhecimento pois o conhecimento baseado em ideias de causa, não pode ter qualquer justificação racional. Corresponde apenas a um hábito.

Aulas nº 61/62 - 18.01.2010

Sumário:
  • Análise e resumo de um texto sobre a teoria explicativa de David Hume.

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11) Em principio existe uma diferença entre as percepções da mente.
Estas podem copiar as percepções dos sentidos, mas nunca atingem inteiramente a força e vivacidade do sentimento original. O máximo que delas afirmamos é que representam o seu objecto de uma maneira tão viva que poderíamos quase dizer que o sentimos, a não ser que a mente esteja desarranjada, elas nunca podem chegar a tal nível de vivacidade que tornem totalmente indistinguíveis as percepções.
É notável a distinção similar que predomina em todas as outras percepções da mente.
Numa reflexão acerca dos nossos sentimentos e estados de ânimos passados, percebemos que o nosso pensamento é um espelho fiel, repetindo cada objecto com verdade. Porém, as cores do mesmo são baças, comparadas com as que revestiam as nossas percepções originais
12) Pode-se dividir todas as percepções em duas classes que se distinguem pelos seus diferentes graus de força e vivacidade. Às menos intensas e vivas chamamos de "pensamentos" ou "ideias" e ao outro tipo chamamos de "impressões". São exemplos de impressões: ouvir, ver, sentir, amar, odiar, desejar e querer. Distinguem-se das ideias pois as ideias são menos intensas.
13) O pensamento do homem parece, à primeira vista, mais livre do que qualquer outro, e não se limita à natureza e à realidade. Isto é, imaginamos coisas que não existem, coisas que nunca ninguém viu… e damos-lhes vida na nossa imaginação. Todos os materiais do pensamento são resultantes da sensibilidade externa ou interna.
14) Os dois argumentos seguintes serão, espero, sufi cientes para provar isto. Primeiro, ao analisarmos os nossos pensamentos ou ideias, por muito compostas e sublimes que sejam, sempre descobrimos que elas se resolvem em ideias tão simples como se fossem copiadas de uma sensação ou sentimento precedente. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem afastadas destas origem, descobre-se. após um escru­tínio mais minucioso, serem dela derivadas. Podemos prosseguir esta inquirição até ao ponto que nos agradar, onde sempre descobriremos que toda a ideia que examinamos é copiada de uma impressão similar. Aqueles que afirmarem que esta posição não é universalmente verda deira nem sem excepção têm um só e fácil método de a refutar, apresentando essa ideia que, na sua opinião, não é derivada desta fonte. Compete-nos, pois, a nós, se havemos de manter a nossa doutrina, mostrar a impressão, ou a percepção viva que lhe corresponde.
15) Um homem cego não pode formar nenhuma noção das cores, e um surdo, dos sons. Restitua-se a cada um deles o sentido em que é deficiente. Um lapão ou um negro não têm noção do paladar do vinho. Admite-se prontamente que outros seres possam possuir muitos sentidos dos quais não temos nenhuma noção, porque as ideias deles nunca nos foram introduzidas da única maneira pela qual uma ideia pode ter acesso à mente, isto é, através da sensibilidade e da sensação efectivas.


16) Existe um fenómeno contraditório que pode provar que não é absolutamente impossível surgirem ideias independentes das suas impressões correspondentes. Suponhamos, que uma pessoa desfrutou da sua visão durante trinta anos e que se tornou perfeitamente familiarizada com cores de todas as espécies, excepto com um matiz particular de azul, por exemplo, que nunca teve a sorte de encontrar, logo, ela conseguirá descobrir de todas as cores aquela que não conhece.
17) Todas as ideias, em especial as abstractas, são naturalmente vagas e obscuras; a mente tem delas apenas um escasso domínio. E são propensas a confundir-se com outras ideias semelhantes: e quando utilizámos muitas vezes algum termo, embora sem um significado distinto, temos a inclinação para imaginar que possui uma ideia determinada a ele anexa. Mediante esta tão clara elucidação das ideias, podemos justamente esperar remover toda a disputa que possa surgir acerca da sua natureza e realidade.

17 janeiro, 2010

Aula nº 59/60 - 13.01.2010

Sumário:
  • Os modelos explicativos do conhecimento.
  • A perspectiva de David Hume.


Notas:

Existem 3 modelos do conhecimento:

1º Modelo Idealista
2º Modelo Empirista ( David Hume )
3º Modelo Relação entre o dado empírico e empirista ( Kant )


Origem do conhecimento ---> 2 razões

1º - Razão

2º - Defendido pelos filósofos ingleses (defendiam pelo empirismo)

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"Todo o conhecimento parte da inserção social"

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Ideias

Impressões e ideias são o conteúdo do conhecimento.

Impressões: são imagens e sentimentos que derivam imediatamente da realidade: são percepções vivas e fortes.
Ideias: são cópias ou imagens débeis das impressões.

Segundo David Hume, existem duas espécies de percepções:
  • Impressões
  • Ideias
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Tipos de conhecimento

David Hume refere a existência de dois tipos de conhecimento:
  • Conhecimento de ideias ( relação de ideias )
  • Conhecimento de questões de facto ( aproxima à factualidade )
*Conhecimento de ideias: (relação entre ideias)
-O triangulo tem 3 angulos.
-1 objecto azul é um objecto com cor
25 é 1/3 de 75

*Conhecimento de questões de facto:
-Amanhã vai chover
-A neve resulta das descida acentuada do tempo
-O calor dilata os corpos


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Os conhecimentos designados por "relações entre ideias" consideram-se à Priori:

Consistam na analise do significado dos elementos de uma proposição tendo em vista estabelecer relações entre ideias que ela contem.

As "relações entre as ideais" são proposições com verdade por ser conhecida pela simples inspecção lógica do seu conteúdo.

Nota explicativa: Muito embora todas as ideias tenham i seu fundamento nas impressões, podemos conhecer sem necessidades de recorrer às impressões, isto é ao conforto com a experiência. O exemplo são as proposições lógica matemáticas não resolvem por si o conhecimento do que existe no mundo. Podemos apenas formar relações correctas entre ideias.

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Facto

Conhecimento das questões de facto implica o conforto das proposições com À experiência.

o valor de verdade das proposições tem de ser testado pela experiência, ou seja, temos que confrontar as proposições com a experiência pro formar a verificar se elas são verdadeiras ou falsas.

Nota explicativa:
A verdade ou falsidade de uma proposição factual só pode ser testada e determinada à Posteriori.

A verdade factual é contingente e a sua negação não implica contradição.

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Relações entre Ideias:
  • Conhecimento Priori
  • Relações de ideias são verdades necessárias
  • As proposições que exprimam e combinam relações de ideias não nos dão qualquer conhecimento sobre o que se passa no mundo.
Conhecimento entre Factos:
  • Conhecimento Posterior
  • A verdade das proposições de facto é contingente
  • As proposições a factos visam descobrir coisas sobre o mundo dar-nos conhecimentos sobre o que neste existe e acontece.


1) O que são relações entre ideias?
São proposições que pode ser conhecida pela simples inspecção lógica do seu conteúdo.
2) O que são conhecimentos de facto?
São as experiências testadas das proposições com o valor da verdade.
3) O que distingue essencialmente relações de ideias e conhecimento de facto?
Essencialmente, o que distingue é o conhecimento de como é nos transmitido. Conhecimento de ideias não nos dão qualquer conhecimento sobre o que se passa no mundo, o Conhecimento de facto visa descobrir coisas sobre o que existe e acontece.